sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um pé de que? (O texto)

Acordei com pé direito
em ritimo de pé de valsa
dancei à sombra de um pé de planta
catei debaixo de um pé d'água.

Segui com o pé na estrada
pé a pé
segui na caminhada

Nesse caminho sem pé nem cabeça
encontrei um bicho de pé
que me apresentou um pé de gente...

Pulei amarelinha com pé de moleque
corri uma maratona com pé de atleta
patinei com o pé frio
pulei num pé só com o pé quente.

E pé a pé
Segui em frente...

Apertei o pé!
pra não ficar com pé atrás
e segui o meu destino
na busca do que eu já nem lembrava mais...

Dei no pé
e o que eu encontraria
nem um pé de anjo adivinharia.

Troquei os pés pelas mãos
sem saber o que fazer
pois se no caminho daquele moço tinha uma pedra
o que tinha no meu
só vendo para se convencer...

No meu caminho tinha um pé!
um pé de quê?
No meu caminho tinha um poemeiro!
Um pé de poema, como queira dizer.

Era belo como ele só
e sua beleza
deixava o mundo mais belo
a vida mais leve
o amor maior...

Nunca esquecerei desse acontecimento
nessa minha vida tão sem pé nem cabeça
nesse mundo de pés chatos
nunca me esquecerei que no meio do meu caminho
tinha um poemeiro...

Ah! antes que me esqueça
não leve tudo tão ao pé da letra
esses versos colhi do pé
na vontade de prová-los logo
nem esperei amadurecer!

Mayara Bezerra

Um comentário:

Anônimo disse...

... E este mesmo "Pé" será eterno em sua poesia...

Parabéns pelas linhas.

john